O MUSEU QUE TRAZ A HISTÓRIA DO BAIRRO INGLESES

Pouco se tem divulgado a respeito da navegação encontrada nas profundezas da praia, mas ela quem conta de onde surgiu o nome do bairro: Ingleses.

O ND Mais em 2019, divulgou uma matéria trazendo um pouco mais desta história. Segundo pesquisadores da ONG PAS, o barco naufragado do século 17 era pirata!

De acordo com o historiador Amílcar D’Avila de Mello, a Nuestra Señora de Aránzazu, uma embarcação espanhola, foi roubada por uma tripulação de oito piratas ingleses liderados por Thomas Frins no Peru.

A embarcação fazia parte de uma frota pirata de 900 homens composta por ingleses e franceses, que pilharam colônias espanholas no Pacífico entre 1684 e 1687.

Depois de se perder da frota e ser perseguido pelos espanhóis, Frins tentou retornar à Inglaterra pelo Atlântico, mas acabou sendo capturado pelo fundador da Vila de Nossa Senhora do Desterro, Francisco Dias Velho, na Ilha de Santa Catarina.

Frins foi preso e levado para Santos, mas retornou um ano depois e matou Dias Velho no local onde hoje está a Catedral Metropolitana, em Florianópolis.

O navio acabou abandonado em frente a praia, onde se deteriorou.

Essa descoberta do navio ocorreu quase por acaso, quando um pescador submarino, Alexandre Viana, encontrou uma botija antiga na parte rasa do mar, em Ingleses, em 1989, 320 anos após o ocorrido.

Após a identificação de diversos objetos na região, Alexandre uniu forças com Narbal Corrêa e Marcelo Lebarbechon Moura, para formar o PAS, com o objetivo de investigar a origem dessas peças. O empreendimento teve início em 2004, com um investimento de R$ 2,4 milhões providos pela Fapesc (Fundação de Amparo á Pesquisa Inovação do Estado de Santa Catarina).

O Museu do Naufrágio, localizado no Canto Sul da Praia dos Ingleses, com área de 40 metros quadrados, é aberto ao público todas as tardes de terça-feira a domingo, (exceto o último domingo do mês). O local é mantido pelo Costão do Santinho Resort, que fornece materiais para conservação das peças já resgatadas.